quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

ORAÇÃO DOS 50 ANOS DO MCC

 

Oração...

Senhor Jesus Cristo, nosso Redentor, Irmão e Amigo, ao Celebrarmos os 50 anos da presença dos Cursilhos de Cristandade em Portugal, nós Vos agradecemos o grande dom deste Movimento, expressão maravilhosa do Vosso amor sem limites pelos homens e mulheres do nosso tempo.

A realização do 1º Cursilho em Fátima, Casa de Maria, Mãe de Cristo e Mãe dos Homens, veio mostrar que este dom nos chegou pelo seu Coração materno.

Desde então, milhares de homens e de mulheres, tiveram um encontro pessoal convosco, encontro feliz do perdão e da vida em graça, experiência inesquecível da realidade da Igreja e do Mistério da Eucaristia.

Muitas vidas se regeneraram, muitas famílias reencontraram a paz e a harmonia.

Muitos ambientes se transformaram.

Agradecidos por tantos dons, firmes na esperança, nós Vos pedimos, Senhor, nesta hora jubilar, a graça de sermos sempre fiéis à nossa vocação cristã, corajosas testemunhas do Vosso amor, apóstolos do Evangelho, construtores duma sociedade mais justa e fraterna.

Tudo isto Vos pedimos, Senhor Jesus, a Vós que sois Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo. Amém.

D.Maurílio, Arcebispo de Évora/ Portugal

Ou Santos ou Nada!!!




Longe da experiência vivencial de Deus, as coisas da religião, da fé, da espiritualidade permanecerão distantes do coração, da liberdade, do jeito de ser e próximas da bela teoria, da elegância das expressões, do encanto dos jogos linguísticos.

A pessoa cursilhista, o cristão cursilhista que conseguiu trilhar o caminho da experiência vivencial de Deus naquele Kairós, não atuará no mundo indiferente a sua responsabilidade de Evangelizar os Ambientes conforme o objetivo do Movimento.

Esta experiência o conduzirá a sua identidade: sou cristão, logo, sou missionário. Ser cristão-missionário foi atualizado no tema da Conferência de Aparecida: discípulo-missionário.Esta Conferência impostou claramente que a experiência com a pessoa de Jesus Messias-Deus faz o discípulo-missionário. Não é outro o caminho do Movimento de Cursilho de Cristandade. Ele quer oferecer, aos que se dispõem ao encontro, a experiência que os marcará e os impelirá à Evangelização dos Ambientes.

Não há dúvidas que esta experiência, com toda a realidade que envolve o ser humano, está submetida às ambiguidades próprias da nossa condição. Deve ser sempre julgada à luz do bom senso, do que é valor humano e cristão, enfim, à luz da fé em Deus Uno e Trino.

Karl Rahner, renomado teólogo católico, afirmou que “o Cristão do século XXI ou será místico ou não será cristão”. Em seguida, temendo ser mal entendido, acrescentou: “Desde que não se entendam por mística fenômenos parapsicológicos raros, mas uma experiência de Deus autêntica, que brota do interior da existência”.

Ocorre, hoje, uma verdadeira degradação semântica do termo mística, associando-lhe a eventos absolutamente alheios a qualquer referência religiosa. Mística, do dicionário Aurélio, “é a firme crença numa doutrina religiosa, filosófica”. Misticismo é“um estado espiritual com o divino, o sobrenatural. Doutrina que afirma a possibilidade dessa união. Religiosidade profunda.”
A mística cristã caiu vítima do racionalismo dos nossos dias, sendo silenciada por pertencer ao departamento dos sentimentos, do subjetivo, da irracionalidade, do campo das emoções. Foi silenciada, ainda, por uma sociedade que está vazia de sentido e de valores, centrada no indivíduo, no prazer, na satisfação rápida dos desejos e no materialismo capitalista.

A mística cristã é um movimento que parece brotar de nossos desejos, de nossa busca de Deus, do esforço humano de querer encontrar-se com um Deus à nossa disposição. Entretanto, é justamente o contrário pois, conforme nos ensina São João da Cruz, “Deus nos amou primeiro”. No mesmo sentido, Sto. Agostinho diz que “só O buscamos porque já O encontramos”. 

A mística não é um perder-se me si mesmo, nem abraçar uma divindade qualquer, é experiência de Deus que se dá à criatura, um Deus que se dá a nós por puro amor, é justamente o encontro com a Pessoa Divina que vem até nós.

Devemos estar atentos a qualquer sussurro dessa presença para captar esse estar de Deus em nós.

O próprio Jesus teve vida mística, se mantendo íntimo do Pai, e em profunda comunhão com a sua vontade. Certamente, Jesus não dispensava a oração, que lhe proporcionava espaços de intimidade com o Pai. Porém não é somente a oração que torna o cristão místico, mas as práticas assumidas a partir da oração. Como diz em Tiago 2, 26, “Assim como o corpo sem o espírito é morto, assim também a fé, sem as obras, é morta.”

A mística cristã nos faz ir além de nós mesmos para nos lançarmos no compromisso por uma sociedade justa, fraterna e solidária. Ela nos conduz aos irmãos: “amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”.

A experiência mística mostra sua verdade no momento em que ela reflete em crescimento espiritual para aqueles que estão a nossa volta. A partir do momento em que experimentamos Deus profundamente, vivemos a mística cristã, somos capazes de doar a vida aos irmãos.

Peçamos a Deus, todos os dias, o dom e a graça de fazer da nossa vida, uma vivência contínua da mística cristã, pois somente assim encontraremos força para nossa vida pessoal e em comunidade. “Eu sou a luz do mundo, quem me segue não caminhará nas trevas, mas terá a luz que conduz a vida” (Jo 8,12).      

Padre Carlos Henrique
Divinópolis

Leve este texto para seus ambientes... comente aqui no Blog essa experiência
“Paz e bem a todos os cursilhistas do Brasil
Estamos no ano Jubilar e nos preparando para a grande festa do Jubileu de Ouro do MCC.
Pensando nisso, para que nao cheguemos no jubileu despreparados, semanalmente nosso assessor espiritual nacional enviará mensagens para todo Brasil.
Divulguem, meditem, se preparem para este grande celebrar e para nosso Relancamento.
DECOLORES”



São Paulo Apóstolo



ANO PAULINO III- Pe. Sérgio José de Souza
2º PERÍODO
O CONVERTIDO FERVOROSO: DOS 28 AOS 41 ANOS DE IDADE
 1. Queda na estrada de Damasco  
É importante lembrar que Paulo não caiu do cavalo como costumeiramente falamos. Estava com 28 anos de idade, tinha poder e prestígio. Em nome do Sinédrio liderava a perseguição contra os cristãos. Em At 9,1-2; 26,9-12, ele pede licença para persegui-los até em Damasco da Síria (200 km de distância) – sete dias de viagem. No caminho acontece algo novo: Paulo cai por terra e ouve uma voz: “SAULO, SAULO, PORQUE ME PERSEGUES?” (At 9,4). Paulo estava perseguindo a comunidade. Jesus se identifica com a comunidade. Coloca-se ao lado do perseguido, desaprova o perseguidor. Estava sozinho, sem rumo, perdido no meio do caminho.
A queda na estrada de Damasco foi o divisor das águas: aqui a vida de Paulo se divide em ANTES e DEPOIS. A entrada de Jesus em sua vida não foi pacífica, mas uma tempestade violenta.
 2. Algumas imagens 
A Bíblia usa algumas imagens para descrever o que aconteceu: duas de Lucas para sugerir a semelhança entre Paulo e os Profetas, e duas do próprio Paulo.
a) QUEDA: Deus não pediu licença: entrou e o derrubou (At 9,4; 22,7; 26,14). Caído no chão, ele se entrega. O caçador foi alcançado.
b) CEGO: uma luz o envolveu (At 9,3). Luz tão forte que ele ficou cego por três dias, sem comer e nem beber (At 9,8-9). São três dias de escuridão, de morte que antecedeu à ressurreição. O líder teve que ser conduzido pela mão dos seus liderados (At 9,8). Paulo só começou a enxergar quando Ananias impôs as mãos e disse: “SAULO, MEU IRMÃO!” (At 9,18). Ressuscitou no exato momento em que foi acolhido na comunidade como IRMÃO. Morreu o perseguidor, ressuscitou o profeta.
c) ABORTO: “POR ÚLTIMO, JESUS APARECEU A MIM, QUE SOU UM ABORTO” (I Cor 15,8). O seu nascimento para Cristo não foi normal. Deus o fez nascer de maneira forçada. Paulo foi arrancado do seu mundo, como se arranca uma criança do seio de sua mãe por meio de uma operação.
d) “FUI APANHADO”: “PROCURO APANHÁ-LO, ASSIM COMO EU MESMO FUI APANHADO POR ELE” (Fl 3,12)
Queda, cegueira, aborto. Estas imagens sugerem a ruptura que houve, revelam o fracasso do sistema em que ele vivia. Apareceu o NADA de Paulo, de onde vai nascer o TUDO de Deus! “SEM MIM NADA PODEIS FAZER” (Jo 15,5). “TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE” (Fl 4,13)
3. Ruptura e continuidade
a) RUPTURA: quebrou tudo: o ideal que ele alimentava na vida; a observância que fazia da Lei; o seu esforço de conquistar a justiça e chegar até Deus. Desmoronou o mundo em que ele vivia. No momento da ruptura reapareceu o rosto de Deus. O Deus de ANTES estava com ele DEPOIS. Deus, maior que a ruptura, fez a continuidade.
Na estrada de Damasco, Paulo recebeu sem nenhum esforço, o que durante 28 anos não tinha conseguido alcançar: a certeza de que Deus o ACOLHIA e o JUSTIFICAVA (Rm 3,19-24).
Deus lhe mostrou o seu amor, quando ele, estava sendo “blasfemo, perseguidor e insolente” (1 Tm 1,13; 1 Cor 15,9). A graça foi maior que o pecado. Agora, Paulo, só confia naquilo que Deus faz por ele. Já não coloca sua segurança na observância da lei, mas sim no amor a Deus por ele (Gl 2,20-21; Rm 3,21-26).
b) GRATUIDADE: esta foi a marca da experiência de Paulo na estrada de Damasco, que renovou por dentro todo o seu relacionamento com Deus.
A experiência da gratuidade do amor a Deus vai dar rumo à vida de Paulo e vai sustentá-lo nas crises que virão. Antes, Paulo olhava para Deus, lá distante, e procurava alcançá-lo através da observância da lei e da tradição dos antigos; pensava só em sim mesmo e em sua própria justificação. Agora, sentindo-se acolhido e justificado por Deus, já podia esquecer-se de si e da sua própria justificação para pensar só nos outros e servi-los através da prática do amor “QUE É A PLENITUDE DA LEI (Rm 3,10; Gl 5,14).
A conversão para Cristo significou uma mudança profunda na vida de Paulo. Foi sempre fiel a Deus e ao povo. Tornando-se cristão não estava deixando de ser judeu. Foi a vontade de ser fiel às esperanças do seu povo que o levou a aceitar Jesus como Messias. Reconheceu em Jesus o SIM de Deus e às promessas feitas ao seu povo no passado (2 Cor 1,20). A fidelidade ao Evangelho deve levar a uma fidelidade maior ao nosso povo.
4. “É CRISTO QUE VIVE EM MIM”: MATURAÇÃO 
A conversão se aprofunda. Não temos informação sobre a conversão prolongada de Paulo, que se estendeu por treze anos. São treze anos de silêncio.
a) “ELE ME AMOU E SE ENTREGOU POR MIM” (Gl 2,20)
A leitura da Bíblia ajudou Paulo a descobrir o significado da morte de Jesus. Na época do cativeiro quando o povo inteiro caiu na pobreza, nasceu a esperança: Deus vai ser o nosso parente mais próximo. Foi essa esperança antiga do seu povo que Paulo descobriu o sentido da morte de Jesus. Esta Boa Notícia modificou por completo a vida de Paulo.
b) “VIVO, MAS JÁ NÃO SOU EU QUE VIVO; É CRISTO QUE VIVE EM MIM” (Gl 2,20)
A experiência do amor levou Paulo a desocupar o barraco da sua vida e dizer a Jesus: “PODE ENTRAR E MORAR AQUI DENTRO. O SENHOR É QUEM MANDA”.
c) “SE MORREMOS COM CRISTO, TAMBÉM VIVEREMOS COM ELE” (Rm 6,8)
O ideal do cristão é ser como Jesus. Quem morre como Jesus, doando sua vida pelos outros, também participará com Jesus na vitória sobre a morte. Essa experiência da morte e ressurreição fez de Paulo um homem livre: venceu nele o medo da morte (Rm 6-3-7), deu sentido à sua renúncia (Fl 3,7-8).
d) “QUANDO ME SINTO FRACO, AI É QUE SOU FRACO” (2 Cor 12,10) 
Paulo sentiu suas limitações e experimentou o que Jesus dizia: “SEM MIM NADA PODEIS FAZER” (Jo 15,5; 2 Cor 11,30; 12,10). Mesmo com as limitações sentia uma poderosa energia que o ajudava na luta e na caminhada. Pedia a Deus que os cristãos tomassem consciência “da extraordinária grandeza desse poder que atuava neles através da fé” (Ef 1,17-20)
e) “ESTEJAM SEMPRE ALEGRES, REZEM SEM CESSAR” (1 Ts 5,16-17)
Através da oração constante, Paulo vive em contato permanente com essa força da ressurreição que o invade.
f) “FÉ, ESPERANÇA E AMOR. O MAIOR DOS TRÊS É O AMOR” (1 Cor 13,13)
Sem o amor não somos nada. O amor é um dom.
Concluindo 
Em treze anos, Paulo passou em: Damasco, Arábia (3 anos), Jerusalém, Tarso, Antioquia.
Neste período:
* participa da vida de comunidade;
* deve ter anunciado o Evangelho;
* contribuiu para a expansão e o crescimento das comunidades da Síria na Arábia e na Cilícia;
* deve ter exercido sua profissão para ter o que comer e com o que se vestir;
* o foco deste período está na nova experiência de vida a partir de Jesus.




O atual estatuto foi aprovado na XXXVII Assembléia Nacional do Movimento de Cursilhos do Brasil, realizada de 16 a 18 de Outubro de 2009 e deferido pela CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil no dia 13 de Maio de 2010.
CAPÍTULO I - DA DENOMINAÇÃO, DO CARISMA E DA FINALIDADE
Art. 1º - O Movimento de Cursilhos de Cristandade do Brasil (MCC) com sede na cidade de São Paulo, Capital, à Rua Domingos de Morais, 1.334, conjunto 7, Vila Mariana, é uma associação religiosa, privada, de fiéis católicos, constituída por tempo indeterminado, sem fins lucrativos, sujeita à vigilância da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em nível nacional e regional, e do Ordinário local em sua atuação na Igreja particular no nível diocesano.
Parágrafo Único – O MCC poderá ter também, a juízo do GEN, uma sub-sede, na cidade de domicílio dos seus integrantes.

Art. 2º - O MCC é um Movimento eclesial católico, cujo carisma consiste no anúncio querigmático da mensagem cristã às pessoas que participam do Cursilho, para torná-las aptas a anunciar a Boa Nova, levando-as a um encontro consigo mesmas, com Jesus Cristo e com as realidades do mundo nas quais estão imersas, sendo, no seio delas, tanto pessoal como comunitariamente, fermento que transforma, sal que dá sabor e luz que ilumina, segundo os preceitos do Evangelho.
Art. 3º -O MCC realiza seu carisma através de sua finalidade pastoral específica que é a evangelização dos ambientes, buscando integrar-se às Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, em todos os níveis.
Art. 4º - O MCC atinge sua finalidade:
a) preparando lideranças cristãs para atuar nos ambientes e estruturas sociais, conforme a Pastoral Orgânica de cada Igreja Particular;
b) fermentando de Evangelho os ambientes e estruturas sociais, pelo testemunho e pela ação pessoal e organizada de seus membros;
c) formando líderes para a expansão do MCC em todos os níveis;
d) zelando pela fidelidade à sua própria essência, contida em seu carisma, sua finalidade e seu método.
Art. 5º -Para alcançar sua finalidade o MCC tem um método próprio, que se concretiza em três tempos ou etapas:
I. O pré-cursilho (PRÉ) no qual se faz:
   a) a busca das áreas ou dos ambientes a serem evangelizados; ouvidas e respeitadas as Diretrizes Pastorais Diocesanas;
   b) a escolha e a preparação dos líderes desses ambientes.
II. O cursilho (CUR) (curso vivencial que dura normalmente três dias), durante o qual se faz a proclamação do fundamental cristão ou Plano de Deus àqueles líderes.
III. O pós-cursilho (PÓS) no qual se dá a inserção daqueles líderes na Evangelização Ambiental.




O atual estatuto foi aprovado na XXXIII Assembléia Nacional do Movimento de Cursilhos de Cristandade do Brasil, realizada de 17 a 20 de novembro de 2005 e deferido pela CNBB- Conferência Nacional dos Bispos do Brasil no dia 24 de março de 2006.
CAPÍTULO II - DOS MEMBROS ASSOCIADOS
Art. 6º -Podem ser membros do MCC, todos os fiéis católicos que, tendo participado de umCURSILHO, fizerem sua inscrição e forem admitidos pelo Grupo Executivo Diocesano (GED) doMCC.
Art. 7º - São direitos e deveres dos membros associados:
a) realizar sua vocação apostólica na Igreja e no mundo, inserindo-se na Pastoral Orgânica da Igreja Particular;
b) dar testemunho cristão nos ambientes em que atuam;
c) zelar pela fidelidade à essência, ao carisma, ao método e à finalidade do MCC;
d) participar das atividades e reuniões do MCC, de acordo com este Estatuto e com o Regimento Interno do respectivo nível, e com ele colaborar;
e) organizar-se em Núcleos de Comunidades Ambientais (NCA) ou Pequenas Comunidades de Fé (PCF), sendo fermento do Evangelho nos diversos ambientes da sociedade para maior eficácia do PÓS;
f) cumprir e fazer cumprir o presente Estatuto;
g) contribuir para a manutenção do MCC;
h) desligar-se voluntariamente do MCC a qualquer tempo.
Art. 8º -Em decorrência de ato ou conduta desabonadores, o membro associado poderá ser excluído do MCC.
§ 1º – A exclusão do membro associado se dará por decisão do GED e deverá ser submetida à apreciação, por maioria absoluta pela AD especialmente convocada para esse fim, durante a qual será facultada ampla defesa ao membro associado a ser excluído.
§ 2º Tratando-se de membros dos Grupos Executivos Diocesano, Regional ou Nacional, a exclusão só poderá ser efetuada por decisão a ser tomada por maioria absoluta nas Assembléias dos respectívos níveis, ad referendum pela Assembléia Nacional.
Art. 9º -Os membros associados com função de coordenação no GEN, GER ou GED, não respondem subsidiária nem solidariamente pelas obrigações associativas assumidas pelo MCC. Respondem, entretanto, na forma da lei, pelos abusos e atos ilícitos que cometerem, dentre os quais, abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial.
Parágrafo Único – É vedada a participação de qualquer membro associado com função no GEN,GER ou GED, exceto o assessor eclesiástico nacional, nas receitas do MCC, em quaisquer dos seus níveis.





O atual estatuto foi aprovado na XXXIII Assembléia Nacional do Movimento de Cursilhos de Cristandade do Brasil, realizada de 17 a 20 de novembro de 2005 e deferido pela CNBB- Conferência Nacional dos Bispos do Brasil no dia 24 de março de 2006.
CAPÍTULO III - DA ESTRUTURA DO MCC
Art. 10º – O MCC tem a seguinte estrutura:
I.: Em nível nacional:
a) Assembléia Geral Nacional - AN
b) Grupo Executivo Nacional - GEN
II. Em nível regional:
a) Assembléia Geral Regional - AR
b) Grupo Executivo Regional - GER
III. Em nível diocesano:
a) Assembléia Geral Diocesana - AD
b) Grupo Executivo Diocesano - GED
c) Setores Diocesanos
d) Núcleos de Comunidades Ambientais – NCA ou Pequenas Comunidades de Fé – PCF.
§ 1º – O Coordenador do Grupo Executivo, em cada um dos três níveis estruturais, representa oMCC, na respectiva área de atuação.
§ 2º – A estrutura do MCC em nível regional segue, na medida do possível, a do regional da CNBB.
§ 3º – Em cada Diocese onde estiver instalado o MCC, existirá um único GED.
Seção I – Da Organização em Nível Nacional 
Seção II  Da Organização RegionalSeção III  Da Organização Diocesana 
Seção IV – Da Organização em Nível Nacional





O atual estatuto foi aprovado na XXXIII Assembléia Nacional do Movimento de Cursilhos de Cristandade do Brasil, realizada de 17 a 20 de novembro de 2005 e deferido pela CNBB- Conferência Nacional dos Bispos do Brasil no dia 24 de março de 2006.
CAPÍTULO IV - DAS ASSEMBLÉIAS GERAIS E DAS ELEIÇÕES NO MCC
Art. 46º – A AN é o órgão supremo do MCC no Brasil, podendo decidir sobre o não-reconhecimento de um GER ou GED como Grupos Executivos do MCC, em caso de não-fidelidade à essência, ao carisma, ao método e à finalidade do MCC e não-cumprimento deste Estatuto.

Art. 47º – Compete privativamente à Assembléia Geral, em seus respectivos níveis, Nacional, Regional e Diocesano:
a) eleger os Coordenadores e Vice-Coordenadores;
b) destituir os Coordenadores e Vice-Coordenadores;
c) elaborar lista tríplice de sacerdotes, remetendo-a à autoridade eclesiástica competente, para indicação de Assessor Eclesiástico;
d) apreciar relatórios dos respectivos Grupos Executivos e deliberar sobre as contas do exercício e prever o orçamento para o ano seguinte;
e) decidir sobre a aquisição onerosa, alienação, ou constituição de ônus sobre bens imóveis hipoteca, penhor, venda ou troca dos bens patrimoniais do MCC em seus respectivos níveis nacional, regional e diocesano;
f) decidir sobre a dissolução do MCC, na respectiva área de atuação, com prévia aprovação do Grupo Executivo do nível imediatamente superior, observado o disposto no Art. 61.
§ 1º – A Assembléia Geral, em cada um de seus níveis, poderá ser instalada, em primeira convocação, com maioria absoluta dos seus membros associados com direito a voto e, em segunda convocação, com a presença de pelo menos 1/3 (um terço) de seus membros associados com direito a voto. As decisões, em ambas as hipóteses serão tomadas pela maioria dos votos dos presentes à Assembléia, exceto para deliberar sobre matéria prevista nas alíneas “b”, “e”, “f”, hipóteses em que será exigido o voto concorde de dois terços dos membros associados presentes com direito a voto em Assembléia especialmente convocada para essa finalidade, para deliberar a respeito das letras “b”, “e”, “f”.
§ 2º – Nas Assembléias Gerais em todos os níveis, nacional, regional e diocesano, serão considerados para efeito de quorum apenas os Assessores Eclesiásticos efetivamente presentes.
§ 3º – As Assembléias Gerais serão presididas pelo Coordenador do respectivo Grupo Executivo, ou por seu representante estatutário.
§ 4º – As atas das Assembléias Gerais serão lidas e aprovadas ao seu término, sendo assinadas pelo secretário, pelo presidente do ato e pelos presentes que o desejarem.
§ 5º – A alteração do presente Estatuto somente poderá ser feita pela AN.

Art. 48º – As Assembléias Gerais Ordinárias, em todos os níveis, nacional, regional e diocesano, reunir-se-ão anualmente, convocadas pelo Coordenador do respectivo Grupo Executivo, com antecedência de 60 (sessenta) dias.

Art. 49º – As Assembléias Gerais Extraordinárias reunir-se-ão para fins específicos e urgentes, por convocação do respectivo Grupo Executivo, ou a requerimento de, pelo menos, metade de seus membros associados, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias.

Art. 50º – A convocação de qualquer Assembléia Geral será feita por meio de edital afixado na sede do Grupo Executivo correspondente, e por circulares ou outros meios idôneos de notificação aos membros associados, constando a data, o local, o tema e a agenda de discussões.

Art. 51º – A Assembléia Nacional é constituída pelos seguintes membros associados e com direito a voto:
a) pelo Coordenador, Vice-Coordenador e Assessor Eclesiástico do GEN;
b) pelos Coordenadores, Vice-Coordenadores e Assessores Eclesiásticos dos GER;
c) pelos ex-Coordenadores do GEN que estiverem, efetivamente, nele exercendo a função de Conselheiro, conforme Art. 15º.
d) pelos cinco representantes jovens das macrorregiões.
§ 1º – O voto, em quaisquer decisões da AN, deverá ser pessoal e único, mesmo quando o assessor eclesiástico acumular a função no GED e GER, vedado o voto por procuração ou representação.
§ 2º – Os membros não eleitos dos Grupos Executivos de quaisquer níveis, desde que regularmente inscritos e na forma da respectiva convocação, podem participar da AN com voz, sem voto deliberativo.

Art. 52º – A Assembléia em nível Regional é constituída pelos seguintes membros
associados:
a) pelo Coordenador, Vice-Coordenador e Assessor Eclesiástico do GEN ou por delegado que represente o GEN, conforme o Art. 16º, letra f;
b) pelo Coordenador, Vice-Coordenador e Assessor Eclesiástico do respectivo GER;
c) pelos Coordenadores, Vice-Coordenadores e Assessores Eclesiásticos dos GED, da área de atuação correspondente.
d) pelos ex-Coordenadores do respectivo GER que estiverem, efetivamente, nele exercendo a função de Conselheiro, conforme o Art. 25º, § 5º.
§ 1º – O voto, em quaisquer decisões da AR, deverá ser pessoal e único, mesmo quando o assessor eclesiástico acumular a função no GED e GER, vedado o voto por procuração ou representação. 
§ 2º – Os membros não eleitos dos Grupos Executivos de quaisquer níveis, desde que regularmente inscritos e na forma da respectiva convocação, podem participar da AR com voz, sem voto deliberativo.

Art. 53º – A Assembléia em nível Diocesano é constituída pelos seguintes membros associados:
a) pelo Coordenador, Vice-Coordenador e Assessor Eclesiástico do GER, ou por delegado que o represente;
b) pelo Coordenador, Vice-Coordenador e Assessor Eclesiástico do respectivo GED;
c) pelos demais membros associados, conforme disposto no respectivo Regimento Interno.
§ 1º – O voto, em quaisquer decisões da AD, deverá ser pessoal e único, mesmo quando o assessor eclesiástico acumular a função no GED e GER, vedado o voto por procuração ou representação.

Art. 54º – As eleições no MCC – observarão as seguintes regras:
a) para os cargos de Coordenador e Vice-Coordenador do Grupo Executivo, em quaisquer dos níveis, Nacional, Regional ou Diocesano, serão formadas chapas contendo o nome dos candidatos dos membros associados laicos a cada um dos cargos;
b) os postulantes poderão concorrer em mais de uma chapa, numa mesma eleição, em quaisquer dos dois cargos;
c) só poderá ser candidato a cargos eletivos o membro associado efetivo do MCC, desde que não pese sobre o mesmo alguma sanção canônica imposta ou declarada;
d) recomenda-se que tenha vida cristã autêntica, conhecimento prático do MCC e de seu método, essência e finalidade, bem como do presente Estatuto;
e) para as eleições tomar-se-ão, quanto a local, urna e cédula, as medidas que garantam a seriedade e a lisura dos atos;
f) o Coordenador do Grupo Executivo nomeará uma Comissão Eleitoral composta de três membros associados que não concorram a nenhum cargo;
g) o voto deverá ser pessoal e único, vedada a representação e o voto por correspondência;
h) para ser válido, o voto deverá ser livre, secreto, certo, absoluto, determinado;
i) considerar-se-á eleita a chapa que tiver obtido a maioria dos votos. Em caso de empate, considerar-se-á eleita a chapa cujo candidato a Coordenador for o mais idoso.

Art. 55º – É facultada apenas uma reeleição consecutiva dos Coordenadores dos Grupos Executivos Nacional, Regionais e Diocesanos.

Art. 56º – Os membros eleitos do GEN, dos GER e dos GED não poderão acumular cargos ou funções executivas em outros níveis
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O atual estatuto foi aprovado na XXXIII Assembléia Nacional do Movimento de Cursilhos de Cristandade do Brasil, realizada de 17 a 20 de novembro de 2005 e deferido pela CNBB- Conferência Nacional dos Bispos do Brasil no dia 24 de março de 2006.
CAPÍTULO V - DO PATRIMÔNIO
Art. 57º- – Os bens patrimoniais do MCC, isto é, o patrimônio da associação, constituir-se-ão de bens móveis e imóveis que venham a ser adquiridos, bem como de outras quaisquer fontes de receita, ou valores que forem angariados, e serão conservados com zelo e utilizados de forma a atingir as finalidades do MCC, vedado o uso particular por qualquer membro associado.

Art. 58º – A aquisição onerosa, a alienação, ou constituição de ônus sobre bens imóveis do MCC, a hipoteca, o penhor, venda ou troca dos bens patrimoniais do MCC, em qualquer nível – nacional, regional ou diocesano – depende de decisão da Assembléia Geral pelo voto concorde de dois terços dos membros associados dela participantes.
Parágrafo Único – Não se reconhece a validade de alienação nem de constituição de ônus sobre bens imóveis do MCC, sem aprovação em Assembléia Geral em cada nivel.

Art. 59º – As receitas do MCC são provenientes de:
a) contribuições e doações diversas;
b) contribuições dos GED para os GER na forma estabelecida pela AR respectiva, e contribuições dos GER para o GEN, na forma estabelecida pela AN;
c) subvenções e eventos;
d) aplicações financeiras;
e) quaisquer outros meios lícitos
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O atual estatuto foi aprovado na XXXIII Assembléia Nacional do Movimento de Cursilhos de Cristandade do Brasil, realizada de 17 a 20 de novembro de 2005 e deferido pela CNBB- Conferência Nacional dos Bispos do Brasil no dia 24 de março de 2006.
CAPÍTULO VI - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 60º – Os bens, rendimentos patrimoniais e quaisquer outros recursos financeiros serão aplicados exclusivamente no país, na consecução da finalidade do MCC.
Parágrafo Único: A contribuição anual devida ao Grupo Latino-americano de Cursilhos de Cristandade (GLCC) será paga no decorrer de cada exercício.

Art. 61º – Dissolvido o MCC, em qualquer nível, por decisão da Assembléia Geral, o remanescente do seu patrimônio líquido será destinado a outra entidade católica, que tenha o mesmo objetivo e finalidade.

Art. 62º – Dentro de dois anos, a partir da entrada em vigor deste Estatuto, cada GER deve apresentar ao GEN, para homologação, seu próprio Regimento Interno, elaborado conforme os dispositivos deste Estatuto e aprovado pela Assembléia Geral respectiva.
Parágrafo Único: Nas mesmas condições e prazo, cada GED deve apresentar ao respectivoGER, para homologação, seu próprio Regimento Interno, aprovado pela Assembléia Geral respectiva.

Art. 63º – A instalação do MCC – numa Diocese dependerá do consentimento escrito do respectivo Bispo Diocesano.
Parágrafo Único: Para que seja reconhecido como tal pelos Grupos Executivos Regional e Nacional, deve o Grupo Executivo Diocesano respeitar, conservar e zelar pela fidelidade à essência, ao carisma, ao método e à finalidade do MCC, bem como submeter-se ao presente Estatuto, aceitando a coordenação do MCC em nível Regional e Nacional.

Art. 64º – Os casos omissos serão decididos no âmbito de cada Grupo Executivo, ouvido o GEN.

Art. 65º – O presente Estatuto revoga o anterior e eventuais disposições contrárias, tendo sido aprovado na XXXVII Assembléia Geral Nacional realizada de 18 de outubro de 2009, na Cidade de Embú – SP, e será encaminhado para registro no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas competente e, posteriormente, para homologação junto à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, entrando em vigor na data de sua publicação.

Embu das Artes – SP, 18 de outubro de 2009
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NOSSA HISTÓRIA: Os Cursilhos nas origens
o Movimento de Cursilhos ou “a obra dos Cursilhos”, como se dizia, teve seu início no singular contexto social, econômico, político e religioso da Espanha nas décadas de 1930-1940. Coube a iniciativa à Juventude da Ação Católica Espanhola (JACE) da Diocese de Palma de Maiorca (Ilha de Maiorca, Espanha), encorajada por seus assistentes eclesiásticos e por seu Bispo, D. Juan Hervás.
Participando de peregrinações promovidas pela JACE a destacados Santuários nacionais e, especialmente da preparação e realização da grande Peregrinação levando 80.000 jovens a Santiago de Compostela, em agosto de 1948, intuíram eles a “obra dos Cursilhos”. Aqueles “cursillos” ou pequenos cursos preparatórios à peregrinação, ministrados a milhares de jovens por toda a Espanha, durante vários anos, poderiam continuar a ser desenvolvidos, agora com outro direcionamento. Marcado por essa sua origem “peregrinante”, o MCC guarda, ainda hoje, algumas expressões típicas, como por exemplo, “Ultreya” (ir mais adiante, caminhar mais além com entusiasmo) e “Guia do Peregrino” (pequeno livro de orações). Num processode “inculturação” do Movimento, no Brasil adotaram-se os termos “assembléia mensal” em lugar de “ultréia” e “Peregrinando Com Cristo” que vem substituir o antigo“Guia do Peregrino”.
Um eixo doutrinário específico, constituído pelo anúncio jubiloso do Evangelho, através de um método próprio - o querigmático-vivencial - facilitaram a conversão entusiasmada de muitos jovens e sua inscrição nas fileiras da JACE. A conquista do mundo para Cristo era sua bandeira. Esse foi o objetivo específico daqueles primeiros cursilhos denominados: “Cursilho de Formação e Apostolado” o primeiro, em janeiro de 1949; “Cursilhos de Juventude” alguns outros, e “Cursilhos de Conquista”, em 1952-53.
Alguns jovens sacerdotes da Diocese de Palma de Maiorca que trabalhavam com a Ação Católica e com a JACE, estavam naturalmente influenciados pelas ainda recentes Encíclicas “Mystici Corporis” (1943) e “Mediator Dei” (1947), do Papa Pio XII. Um deles chegara recentemente de Roma, doutorado em Teologia e, segundo suas próprias palavras, “tinha obsessão por explicar às pessoas a verdadeira dimensão do cristianismo a partir da consciência do que era a Graça de Deus... levei à reunião dois tratados teológicos: ‘De gratia Redemptoris’ (Sobre a graça do Redentor, de Lennerz, e o volume correspondente da sinopse de Tanquerey...”.

O método característico do Movimento surgiu do seu cunho vivencial, testemunhal, simples, honesto e transparente, ainda que o entusiasmo daí resultante pudesse tocar, de preferência, na emotividade das pessoas, o que não deixava de ser sumamente oportuno.
Como projeto e iniciativa da JACE, a “obra dos Cursilhos” expandiu-se por quase todas as dioceses da Espanha, embora contasse, também, com muitos adversários tanto no seio da própria Ação Católica como até da hierarquia. Diante de Roma e dos demais Bispos da Espanha, D. Juan Hervás assumiu pessoalmente a responsabilidade pela obra, dando a ela apoio efetivo, orientação pastoral e defendendo-a das acusações de que era vítima. Isso lhe valeu a transferência da Diocese de Maiorca para a de Ciudad Real. Em Maiorca, os Cursilhos, postos sob suspeita, foram praticamente suspensos pelo sucessor de D. Hervás, Mons. Enciso Viana, enquanto alguns dos iniciadores eram reduzidos ao silêncio. A suspensão provisória durou até fins de 1957. Em 1958 os Cursilhos voltaram a ser ali reorganizados.
Em 1953, na 15a. Assembléia Geral da JACE, tentando resolver dificuldades internas de relacionamento e de estrutura, D. Hervás deu àqueles “cursillos” o nome Cursilho de Cristandade: “... felicitação, sobretudo, por estes abençoados ‘cursilhos de Cristandade’, que têm a sorte, como Jesus Cristo, de ser ‘sinal de contradição, postos para tropeço e contradição de muitos’ ”, foram suas palavras entusiasticamente aplaudidas.(CAPÓ, Jaime, Cursillos de Cristandad, Ed. Águas Buenas, Porto Rico, 1989.)
Procurava-se explicar que o termo “cristandade” não tencionava caracterizar uma volta à Igreja medieval. Tratava-se, porém, de uma tentativa de fazer com que o mundo, “de costas para Deus”, como se dizia, se transformasse “em cristão”, pela ação de uma “cristandade”.