terça-feira, 4 de dezembro de 2012
sábado, 13 de outubro de 2012
Ano da Fé
“A Porta da Fé que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós”.
No dia 11 de outubro de 2012, junto à comemoração do cinquentenário do Concílio Vaticano II e dos vinte anos de Catecismo da Igreja Católica, tem início o Ano da Fé. “Convite para uma autentica e renovada conversão ao Senhor”, conforme definiu o Papa Bento XVI, o Ano da Fé convoca os católicos a estreitarem suas relações com Cristo e intensificarem o testemunho da caridade.
* Retirado da Revista Ave Maria, ano 114, outubro de 2012, pág. 24 e 25.
No dia 11 de outubro de 2012, junto à comemoração do cinquentenário do Concílio Vaticano II e dos vinte anos de Catecismo da Igreja Católica, tem início o Ano da Fé. “Convite para uma autentica e renovada conversão ao Senhor”, conforme definiu o Papa Bento XVI, o Ano da Fé convoca os católicos a estreitarem suas relações com Cristo e intensificarem o testemunho da caridade.
A convite da Revista Ave Maria, Dom Roberto Ferreria Paz, bispo de
Campos (RJ), mostra os caminhos para a vivência da fé no dia a dia e
Ângela Cabrera analisa a presença e o significado da fé nos livros
bíblicos.
Um caminho a percorrer
Por Dom Roberto Francisco Ferreria da Paz
Com a Carta Apostólica Porta Fidei, o
Papa Bento XVI gloriosamente reinante, anunciou a abertura do Ano da Fé
no dia 11 de outubro de 2012, que culminará na Festa de Cristo Rei, no
dia 24 de novembro de 2013.
Essa mesma celebração de um ano dedicado
à fé aconteceu em ocasião do 19º centenário dos apóstolos Pedro e
Paulo, em 1967, sendo convocada pelo Papa Paulo VI e aprovada uma
profissão de fé, atual e consubstanciada com a reflexão teológica do
Concílio Vaticano II.
Estamos há 50 anos da abertura desse
evento, que foi uma “verdadeira primavera da nossa Igreja”: uma
transformação de suas estruturas, de sua mentalidade e forma de se
relacionar com o mundo. Este novo Ano da Fé possibilitará refazer o
itinerário que brota do Batismo e só é consumado na nossa morte
terrestre, entrando definitivamente na vida eterna.
O atual Ano da Fé é um caminho para
retomar o ato da fé em sua integralidade, que supõe o consentimento da
razão, da vontade e que tem início no coração. Essa mesma fé deve ser
confessada e testemunhada publicamente; a fé que o Concílio Vaticano II
definiu como “viva, explícita e operosa”, deve ser cada vez mais
fundamentada no conhecimento profundo da Palavra. Fé que anseia
compreender e entender melhor, articulando um discurso sistemático sobre
Deus e a pessoa humana, a criação e a salvação e, finalmente, o destino
eterno.
A fé é uma virtude teologal que exige
ser celebrada e alimentada, mas também vivenciada no dia a dia,
confrontando os desafios do cristão inserido numa cultura relativista e
certamente difusa e pluralista.
Antes podíamos supor a fé dos cristãos:
hoje, a iniciação cristã passa a ser a principal urgência, pois não
basta recebermos o Batismo se não formos introduzidos numa educação
progressiva, gradual e permanente da fé. A fé deve ser partilhada e
dialogada, porque a comunicação e a linguagem são fundamentais para
alcançar o homem a mulher contemporâneos.
Nossa fé deve impulsionar o ecumenismo e
a unidade dos cristãos, o diálogo e o entendimento entre as religiões,
focalizando a defesa da vida e da integridade do planeta, a manutenção
da paz e o serviço amoroso aos pobres, afirmando a dignidade da pessoa
humana. Ele deve ser um caminho que ofereça alternativas à globalização
perversa e excludente, promovendo um compromisso social em torno do
trabalho decente, a inclusão de todos os povos e nações em prol de um
desenvolvimento integral, solidário e sustentável. Isso nos levará
certamente a aprofundar o vínculo profundo com a caridade.
Madre Teresa de Calcutá sempre dizia: “a
caridade é a fé em ação, e o serviço é a caridade em ação”. Uma fé sem
obras é uma fé morta, como nos exorta o Apóstolo Tiago (Tg 2,14-18). A
fé verifica-se na prática cristã do seguimento de Cristo, que passa pela
opção preferencial pelos pobres. Esse processo precisa ser enraizado
nas culturas, humanizando-as e levando a sua plenitude em Cristo.
Uma fé que não se torna cultura corre o risco de definhar e se perder, ensinou o Beato João Paulo II.
O teologo João Luis Segundo, em seu
grande legado que formou cristãos adultos e responsáveis, sempre
considerava que o fiel cristão contribuía com as outras pessoas com
serviço de sua fé, para juntos buscarem soluções plenamente humanas para
todos.
Que Nossa Senhora, a grande peregrina da
fé, que viveu como perfeita discípula do Senhor e Mãe dos missionários,
nos ensine a caminhar ao encontro do seu Filho. Que ela nos ajude a
percorrer com confiança, alegria e renovado compromisso todas as etapas
da fé, de Nazaré ao Calvário, chegando à gloriosa Ressurreição.
Que o Divino Espírito Santo, que guiou
Maria e a Igreja, que foi o vento impetuoso no Novo Pentecostes do
Concílio Vaticano II, nos confirme na fé, e nos ajude não só a
guardá-la, mas manifestá-la com empenho e ardor.
Calendário do Ano da Fé
- 6 de outubro de 2012: Encontro Pátio dos Gentios em Assis, Itália, com o tema “Deus, esse desconhecido”.
- 7 a 28 de outubro de 2012: Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos sobre “Nova evangelização para a transmissão da fé cristã”.
- 11 de outubro de 2012: Abertura do Ano da Fé na Praça São Pedro.
- 21 de outubro de 2012: Canonização de seis mártires e testemunhas da fé.
- 25 e 26 de fevereiro de 2013: Congresso Internacional em Roma, sobre o tema “São Cirilo e São Metódio entre os povos eslavos”.
- 18 de maio de 2013: Vigília de Pentecostes, presidida pelo Papa com a participação dos movimentos eclesiais.
- 2 de junho de 2013: O papa presidirá a solene adoração eucarística e em todo o mundo, dioceses, paróquias e outras comunidades serão convidadas a promover adorações.
- 22 de junho de 2013: Concerto na Praça de São Pedro para celebrar o Ano da Fé.
- 23 a 28 de julho de 2013: Jornada Mundial da Juventude, na Rio de Janeiro, com a participação do Papa.
- 29 de setembro de 2013: Jornada dos Catequistas e recordação dos 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica.
- 13 de outubro de 2013: Celebração em honra de Nossa Senhora, presidida pelo Papa, com a participação das associações marianas.
- 24 de novembro de 2013: Celebração conclusiva do Ano da Fé.
* Retirado da Revista Ave Maria, ano 114, outubro de 2012, pág. 24 e 25.
Carta do mês de outubro de 201
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quinta-feira, 6 de setembro de 2012
Carta do Pe. Beraldo, mês de setembro de 2012
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quarta-feira, 22 de agosto de 2012
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
terça-feira, 7 de agosto de 2012
sábado, 4 de agosto de 2012
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
Carta mensal do Pe. Beraldo
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Agosto, mês vocacional.
Agosto, mês das vocações
Por: Dom Fernando Mason
Bispo Diocesano de Piracicaba
Para alguns, agosto é um mês de que se cuidar, pois ele seria nefasto... Mas para os participantes assíduos da comunidade católica, agosto, além de ser um mês abençoado como todos os demais, é desde 1981 o mês vocacional.
Por que tamanha importância dada ao tema vocação? Porque a vocação é o início de tudo. Quando ouvimos ou usamos a palavra vocação, logo a entendemos num sentido bastante vago e geral, como sendo uma inclinação, um talento, uma qualidade que determina uma pessoa para uma determinada profissão, por exemplo, vocação de pedreiro, de mãe, de médico.
E nessa compreensão também a vocação de sacerdote, de esposos, de leigos cristãos. Essa compreensão, porém, não ajuda muito no bom entendimento do que seja vocação quando nós, na Igreja, usamos essa palavra.
Vocação, em sentido mais preciso, é um chamamento, uma convocação vinda direta-mente sobre mim, endereçada à minha pessoa, a partir da pessoa de Jesus Cristo, convocando-me a uma ligação toda própria e única com Ele, a segui-lo, (cf. Mc 2,14). Vocação, portanto, significa que anterior a nós há um chamado, uma escolha pessoal que vem de Jesus Cristo, a quem seguimos com total empenho, como afirma São Paulo na Carta aos Romanos: "Eu, Paulo, servo de Jesus Cristo, apóstolo por vocação, escolhido para o Evangelho de Deus." (Rom 1, 1)
Vocação é chamado e resposta. É uma semente divina ligada a um sim humano. Nem a percepção do chamado, nem a resposta a ele são tão fáceis e tão "naturais". Exigem afinação ao divino e elaboração de si mesmo, sem as quais não há vocação verdadeira e real.
Essa escolha pessoal, de amor, é concretizada de uma forma bem objetiva no Sacramento do Batismo, que por isso se torna fundamento e fonte de todas as vocações. É neste chão fértil, carregado de húmus divino, regado pelo sangue de Jesus, que brotam as vocações específicas, aquelas que cabem diferentemente a cada um. Algumas delas são mais usuais e comuns, como a de casal cristão, de leigo cristão, de catequista, de animador da caridade na comunidade.
Outras são definidas pela Igreja como vocações de "singular consagração a Deus", por serem menos usuais, mas igualmente exigentes e mais radicais no processo de seguimento de Jesus: são as vocações de sacerdote, de diácono, de religioso, de religiosa.
As vocações mais usuais são cultivadas em nossas comunidades eclesiais. As de "singular consagração a Deus" são cultivadas em comunidades eclesiais especiais, como nossos seminários.
O mês vocacional quer nos chamar à reflexão para a importância da nossa vocação, descobrindo nosso papel e nosso compromisso com a Igreja e a sociedade. Reflexão que deve nos levar à ação, vivenciando no dia-a-dia o chamado que o Pai nos faz. Que a celebração do mês vocacional nos traga as bênçãos do Pai para vivermos a nossa vocação sacerdotal, diaconal, religiosa ou leiga. Todas elas são importantes e indispensáveis. Todas elas levam à perfeição da caridade, que é a essência da vocação universal à santidade.
E no domingo de agosto, quando refletimos sobre a vocação leiga, somos convidados a homenagear nossos catequistas, aquelas pessoas que, num testemunho de fé e generosidade, dedicam-se ao sublime ministério de transmitir as verdades divinas a nossas crianças, adolescentes e jovens.
terça-feira, 31 de julho de 2012
terça-feira, 24 de julho de 2012
segunda-feira, 16 de julho de 2012
sexta-feira, 13 de julho de 2012
quarta-feira, 11 de julho de 2012
Carta mensal do Pe. Beraldo, julho de 2012
Carta MCC Brasil – Julho 2012 (155ª.)
Pe. José Gilberto Beraldo
Segundo Assessor Eclesiástico Nacional - MCC do Brasil
“Então (Jesus) pegou o cálice, deu graças e disse: “Recebei este cálice
e fazei passar entre vós, pois eu vos digo que, de agora em diante, não
mais beberei do fruto da videira, até que venha o Reino de Deus”.
A seguir, tomou o pão, deu graças, partiu-o e lhes deu, dizendo: “Isto é
o meu corpo, que é dado por vós. Fazei isto em memória de mim”. Depois
da ceia, fez o mesmo com o cálice, dizendo: “Este cálice é a nova
aliança no meu sangue, que é derramado por vós” (Lc 22,17-20).
Meus queridos irmãos e irmãs, partícipes e comensais da Palavra pela comunhão no Corpo e no Sangue de Jesus:
Nossa
última Carta propôs reflexões acerca do mistério trinitário e, com
isto, ocupou todo o habitual espaço de quase duas páginas. Deixamos,
portanto, de tratar de outro mistério central da nossa fé, a Eucaristia,
uma vez que naquele mesmo mês celebramos a desta do Corpus Christi, ou
seja, do Corpo de Cristo. Vamos refletir, então, neste mês, sobre a
Eucaristia na vida da Igreja e em nossa própria vida. E vamos fazê-lo
orientados por dois documentos do magistério eclesiástico e que se nos
apresentam como de suma importância: o Documento de Aparecida (DAp) e a
Exortação Apostólica “Verbum Domini” (VD).
1. A Eucaristia no Documento de Aparecida (DAp). A
Eucaristia aparece 32 vezes em todo o DAp. Trata-se, portanto, de um
tema transversal, isto é, um tema que é como que um fio condutor das
reflexões e propostas do documento. Sendo assim, temos que escolher
apenas alguns parágrafos para nossa reflexão, deixando aos caros
leitores uma “santa curiosidade” para buscar outros pontos igualmente
importantes. Como motivação para leitura e reflexão, cito literalmente
alguns trechos de cada parágrafo dos documentos, colocando como abertura
de cada um, um título que resume o seu conteúdo principal. Assim o faço
para que você mesmo, meu caro leitor, leitora, possa descobrir a
riqueza nele contida.
a) A Eucaristia, “fonte e ponto mais alto da vida cristã”.
“Igual às primeiras comunidades de cristãos, hoje nos reunimos
assiduamente para “escutar o ensinamento dos apóstolos, viver unidos e
participar do partir do pão e nas orações” (At 2,42). A Eucaristia,
participação de todos no mesmo Pão de Vida e no mesmo Cálice de
Salvação, faz-nos membros do mesmo Corpo (cf. 1 Cor 10,17). Ela é a
fonte e o ponto mais alto da vida cristã, sua expressão mais perfeita e o
alimento da vida em comunhão. A Igreja que a celebra é “casa e escola
de comunhão” onde os discípulos compartilham a mesma fé, esperança e
amor a serviço da missão evangelizadora” (DAp158).
b) A Eucaristia, “lugar privilegiado do encontro do discípulo com Jesus Cristo”.
“A Eucaristia é o lugar privilegiado do encontro do discípulo com Jesus
Cristo. Com este Sacramento, Jesus nos atrai para si e nos faz entrar
em seu dinamismo em relação a Deus e ao próximo. Há um estreito vínculo
entre as três dimensões da vocação cristã: crer, celebrar e viver o
mistério de Jesus Cristo, de tal modo, que a existência cristã adquira
verdadeiramente uma forma eucarística. Em cada Eucaristia, os cristãos
celebram e assumem o mistério pascal, participando n’Ele. Portanto, os
fiéis devem viver sua fé na centralidade do mistério pascal de Cristo
através da Eucaristia, de maneira que toda sua vida seja cada vez mais
vida eucarística. A Eucaristia, fonte inesgotável da vocação cristã é,
ao mesmo tempo, fonte inextinguível do impulso missionário. Ali, o
Espírito Santo fortalece a identidade do discípulo e desperta nele a
decidida vontade de anunciar com audácia aos demais o que tem escutado e
vivido” (DAp251).
c) A Eucaristia, “alimento para o caminho”. “Em sua
palavra e em todos os sacramentos Jesus nos oferece um alimento para o
caminho. A Eucaristia é o centro vital do universo, capaz de saciar a
fome de vida e de felicidade: “Aquele que come de mim, viverá” (Jo
6,57). Nesse banquete feliz participamos da vida eterna e, assim, nossa
existência cotidiana se converte em uma Missa prolongada. Mas todos os
dons de Deus requerem uma disposição adequada para que possam produzir
frutos de mudança. Especialmente, nos exigem um espírito comunitário,
que abramos os olhos para reconhecê-lo e servi-lo nos mais pobres: “No
mais humilde encontramos o próprio Jesus”200. Por isso, São João
Crisóstomo exortava: “Querem em verdade honrar o corpo de Cristo? Não
consintam que esteja nu. Não o honrem no templo com mantos de seda
enquanto fora o deixam passar frio e nudez” (DAp 354).
2. A Eucaristia na “Verbum Domini” (VD)
a) A relação essencial entre Jesus- Palavra do Pai e a Eucaristia.
“Quanto foi dito de modo geral a respeito da relação entre Palavra e
Sacramentos, ganha maior profundidade aplicado à celebração eucarística.
Aliás, a unidade íntima entre Palavra e Eucaristia está radicada no
testemunho da Escritura (cf. Jo 6; Lc 24), é atestada pelos Padres da
Igreja e reafirmada pelo Concílio Vaticano II. A este
propósito, pensemos no grande discurso de Jesus sobre o pão da vida na
sinagoga de Cafarnaum (cf. Jo 6, 22-69.... De fato, o discurso sobre o
pão evoca o dom de Deus que Moisés obteve para o seu povo com o maná no
deserto, que na realidade é a Torah, a Palavra de Deus que faz viver
(cf. Sl 119; Pr 9, 5). Em Si mesmo, Jesus torna realidade esta figura
antiga: «O pão de Deus é o que desce do Céu e dá a vida ao mundo. (...)
Eu sou o pão da vida» (Jo 6, 33.35). Aqui, «a Lei tornou-se Pessoa.
Encontrando Jesus, alimentamo-nos por assim dizer do próprio Deus vivo,
comemos verdadeiramente o pão do céu». No discurso de Cafarnaum,
aprofunda-se o Prólogo de João: se neste o Logos de Deus Se faz carne,
naquele a carne faz-Se «pão» dado para a vida do mundo (cf. Jo 6, 51),
aludindo assim ao dom que Jesus fará de Si mesmo no mistério da cruz,
confirmado pela afirmação acerca do seu sangue dado a «beber» (cf. Jo 6,
53). Assim, no mistério da Eucaristia, mostra-se qual é o verdadeiro
maná, o verdadeiro pão do céu: é o Logos de Deus que Se fez carne, que
Se entregou a Si mesmo por nós no Mistério Pascal” VD 54a).
b) No diálogo com os discípulos de Emaus, a Palavra –Jesus faz-se Eucaristia.
“A narrativa de Lucas sobre os discípulos de Emaús permite-nos uma
reflexão subsequente acerca do vínculo entre a escuta da Palavra e a
fracção do pão (cf. L c 24, 13-35).” Jesus foi ter com eles no dia
depois do sábado, escutou as expressões da sua esperança desiludida e,
acompanhando-os ao longo do caminho, «explicou-lhes, em todas as
Escrituras, tudo o que Lhe dizia respeito» (24, 27). Juntamente com este
viajante que inesperadamente se manifesta tão familiar às suas vidas,
os dois discípulos começam a ver as Escrituras de um novo modo. O que
acontecera naqueles dias já não aparece como um fracasso, mas
cumprimento e novo início. Todavia, mesmo estas palavras não parecem
ainda suficientes para os dois discípulos. O Evangelho de Lucas diz que
«abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-No» (24, 31) somente quando
Jesus tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lho deu; antes, «os seus olhos
estavam impedidos de O reconhecerem» (24, 16). A presença de Jesus,
primeiro com as palavras e depois com o gesto de partir o pão, tornou
possível aos discípulos reconhecê-Lo e apreciar de modo novo tudo o que
tinham vivido anteriormente com Ele: «Não estava o nosso coração a
arder, quando Ele nos explicava as Escrituras?» (24, 32). (VD 54)
c) A Palavra de Deus conduz necessariamente à Eucaristia. “Vê-se
a partir destas narrações como a própria Escritura leva a descobrir o
seu nexo indissolúvel com a Eucaristia. «Por conseguinte, deve-se ter
sempre presente que a Palavra de Deus, lida e proclamada na liturgia
pela Igreja, conduz, como se de alguma forma se tratasse da sua própria
finalidade, ao sacrifício da aliança e ao banquete da graça, ou seja, à
Eucaristia». Palavra e Eucaristia correspondem-se tão intimamente que
não podem ser compreendidas uma sem a outra: a Palavra de Deus faz-Se
carne, sacramentalmente, no evento eucarístico. A Eucaristia abre-nos à
inteligência da Sagrada Escritura, como esta, por sua vez, ilumina e
explica o Mistério eucarístico. Com efeito, sem o reconhecimento da
presença real do Senhor na Eucaristia, permanece incompleta a
compreensão da Escritura. Por isso, «à palavra de Deus e ao mistério
eucarístico a Igreja tributou e quis e estabeleceu que, sempre e em todo
o lugar, se tributasse a mesma veneração embora não o mesmo culto.
Movida pelo exemplo do seu fundador, nunca cessou de celebrar o mistério
pascal, reunindo-se num mesmo lugar para ler, “em todas as Escrituras,
aquilo que Lhe dizia respeito” (L c 24, 27) e atualizar, com o memorial
do Senhor e os sacramentos, a obra da salvação» (VD 55).
Termino
desejando que meus caros leitores e leitoras possam encontrar proveito e
inspiração nestes Documentos do nosso Magistério para viver cada vez
mais intensamente, tanto a Palavra de Deus que a prepara como a
Eucaristia que a completa no Corpo e no Sangue de Nosso Senhor Jesus
Cristo. Abraço fraterno do irmão e amigo,
Segundo Assessor Eclesiástico Nacional - MCC do Brasil
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domingo, 24 de junho de 2012
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Carta mensal do Pe. Beraldo - junho 2012
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segunda-feira, 28 de maio de 2012
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